terça-feira, 29 de junho de 2010

A Origem e os Porquês.

A origem e os porquês



A palavra chakra é de origem sânscrita e significa "roda". São centros ou vórtices de energia. Os vedas (2000 a.C.) contem os mais antigos registros sobre chakras de que se tem noticia. Quando foi escrito o yoga já sistematizava o conhecimento e o trabalho energético dos chakras. Esta e outras fontes históricas citam uma quantidade de 88.000 chakras e 350.000 nadis no corpo humano. Isso significa, que todas as partes do corpo contem estes órgãos sensíveis, para receber, manipular e transportar a energia vital (Prana). A maioria dos chakras são muito pequenos. Existem aproximadamente 40 chakras secundários de maior importância (considerados de tamanho grande), que se encontram na área do do baço, da nuca, na palma da mão e na sola do pé.

Compreender os chakras pode nos ajudar a compreender como a energia é processada por um ser humano dentro da vasta e complexa interação de uma existência de múltiplos níveis. Ao estudar Kundalini Yoga, iremos nos concentrar nos oito chakras principais.
O yoga clássico conta sete chakras principais (também chamado de Chakras Magnos, correspondentes a áreas do sistema endócrino ou aos plexos nervosos), os quais estão alinhados na frente da axis vertical do corpo. Estes chakras são essenciais para as funções mais importantes do corpo de cada pessoa. A Kundalini Yoga considera a aura como o oitavo chakra principal do corpo humano (corresponde ao campo magnético).

A natureza dos chakras é energética e se manifesta nos corpos energéticos de qualquer ser vivo. Nesta forma são percebidos como vórtices (rede moinhos ou míni-ciclone), que fazem circular as energias numa determinada freqüência. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos energéticos e através deles nosso corpo energético se manifesta mais intensamente no corpo físico.

Quando os chakras estão harmonizados, as correntes da vida fluem com mais vigor através das estruturas etéreas, influenciando beneficamente os órgãos físicos. Assim, as emoções tornam-se mais intensificadas, as atitudes mais otimistas, além da autoconfiança e amor-próprio.

Cada um destes chakras está em estreita correspondência com certas funções físicas, mentais, vitais ou espirituais. Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que o "prana", flua para cima por intermédio do sistema endócrino. O sentido giratório e oposto entre homem e mulher. Se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado - e disso resulta o envelhecimento ou a doença.

Na literatura indiana os chakras também são chamados de Lótus, pela sua forma que lembra uma flor com pétalas. As pétalas refletem os canais energéticos (Nadis) conectados ao chakra, por qual as energias fluem para os campos energéticos. Através destes Nadis os chakras estão interconetados. A quantidade de pétalas começa com quatro (Chakra Básico) até quase mil (Chakra Coronal). Perlassando a coluna espinhal existe um canal (parecido com o talo do Lótus), que conecta os chakras com o canal energético (Nadi) mais importante chamado Shushuna, que esta situado na coluna vertebral.

Os primeiros três chakras são conhecidos como Triângulo Inferior, enquanto o quinto, o sexto e o sétimo chakras são conhecidos como Triângulo Superior. O quarto chakra, o Chakra do Coração, é o ponto de equilíbrio entre os demais, onde a experiência muda de "mim para ti" ou de "mim para nós."

Nenhum chakra funciona isoladamente. Quando exploramos a Anatomia do Yoga, precisamos mudar a nossa compreensão da necessidade de analisar e separar, para uma abordagem mais holística que reconheça que tudo funciona em uníssono. Os chakras fazem parte de um ciclo maior de evolução e de transferência, manifestação e sublimação. Os chakras do Triângulo Inferior focalizam a eliminação e a redução e são equilibrados pelos chakras do Triângulo Superior, que acumulam, criam e refinam.

Os primeiros cinco chakras estão associados com cada um dos cinco tattvas (elementos densos: terra, água, fogo, ar e éter) e com as qualidades que cada elemento representa. Os três chakras superiores correspondem a domínios mais sutis, portanto não há mais correlação com as tattvas.

O Prana, a energia vital, dá força aos chakras, limpando os bloqueios para o fluxo natural e livre da energia através deles. Kundalini Yoga facilita essa limpeza, ao equilibrar e maximizar o funcionamento do corpo, da mente e do espírito.

Os chakras afetam nossas percepções, sentimentos e escolhas. Eles afetam o fluxo e os tipos de pensamentos que temos e a energia que reunimos para agir a partir deles e manifestá-los. Em todos os nossos comportamentos, os chakras afetam o relacionamento entre consciente e subconsciente. Abrir e equilibrar os chakras abre os sentidos e os integra numa rede interativa que pode relacionar-se a uma fonte de campo de energia maior, da qual viemos e para onde retornaremos.